quinta-feira, 9 de julho de 2009

Cloridrato de cetamina

Recentemente, uma aluna perguntou, ao fim de uma aula, o que seria “ketamin”, substância referenciada em uma música por ela ouvida. Na ocasião, nada me ocorreu a respeito mas, após alguma pesquisa, concluí que se trata do cloridrato de cetamina, um anestésico também vendido como “droga recreativa”, usualmente conhecido como Special K.

O cloridrato de cetamina tem efeito anestésico e analgésico, bem como hipnótico e psicotrópico. Muito usado como tranquilizante para cavalos, passou a ser mais consumido na Europa do que a cocaína, por ser mais barato e acessível.

Seu consumo pode levar a problemas pulmonares graves, principalmente em fumantes, que podem acarretar insuficiência cardíaca no lado direito do coração.

Alguns riscos decorrentes do consumo dessa droga:

  • Os consumidores podem ficar fisicamente incapazes de se mover, o que afeta a capacidade de condução de veículos.
  • A droga pode causar ataques de pânico, depressão e, quando consumida em doses elevadas, pode agravar problemas mentais pré-existentes.
  • Como diminui a percepção da dor, há um elevado risco de lesões graves sem consciência das mesmas.
  • Quando utilizada em doses elevadas e associada com outras substâncias depressoras, como o álcool, pode comprometer perigosamente a respiração e os movimentos cardíacos, podendo culminar em perda de consciência.
  • Sua interação com Ecstasy e outras anfetaminas é muito perigosa, e pode elevar de forma descontrolada a pressão sanguínea.
  • O efeito anestésico provocado por consumo elevado de cloridrato de cetamina pode levar à morte, por perda de consciência e inalação de vômito.
  • Dados recentes oriundos de publicações médicas apontam o aumento de incidência de doenças do trato urinário em consumidores dessa droga.

Enfim, veja o que publicou a Folha On-line a respeito:

15/01/2009 – 12h50
“Special K” ultrapassa cocaína na preferência de usuários de drogas no Reino Unido 
O tranquilizante para cavalos ketamina, também conhecido como “Special K”, ultrapassou a cocaína como substância mais procurada entre britânicos, de acordo com especialistas. 
Segundo o DrugScope, do Departamento de Crimes no Reino Unido, o uso da droga mostrou um crescimento de 10% entre os anos de 2006 e 2007. Ainda de acordo com os dados, a popularidade da ketamina (que pode ser injetada, inalada, fumada ou ingerida) cresceu de 60 mil usuários entre 1998 e 2000 para 113 mil em 2008. 
O uso do tranquilizante, antes restrito à cena dance music, ganhou popularidade e um novo crescimento entre a classe média devido ao seu preço – um grama da droga custa 20 euros no Reino Unido, metade do preço da mesma quantidade de cocaína. Além disso, de acordo com o jornal “The Independent”, há a crença de que o tranquilizante para cavalos seja uma droga “segura” e “limpa”. 
Entretanto, o pesquisador David Nutt, responsável pela divisão de drogas no governo britânico, alerta que a ketamina se enquadra entre as seis mais perigosas substâncias ilegais – mais danosa, por exemplo, que o ecstasy ou a maconha. Especialistas afirmam que o mito de que a ketamina é livre de riscos encoraja jovens a usá-la – e aumentar as suas doses. 
“É preocupante a evidência de que o consumo de drogas injetáveis está se disseminando mais entre as pessoas. Usuários estão subestimando os riscos envolvidos”, diz Martin Barnes, chefe executivo do DrugScope.

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