O poema faz referência às Plêiades, e imediatamente remeteu-me à Astronomia, pois trata-se de um aglomerado de estrelas relativamente jovens, localizado na constelação de Touro e visível à vista desarmada.
As Plêiades são também conhecidas como sete irmãs, e são constituídas por estrelas azuis muito quentes e com idade de cerca de 100 milhões de anos. Sim, são estrelas relativamente jovens; considere que o Sol tem cerca de 5 bilhões de anos! Esse aglomerado estelar é bem visível no céu noturno durante o verão, no hemisfério sul.
O valor mais aceito atualmente para a distância dessas estrelas até nós é de cerca de 135 parsecs, o que representa aproximadamente 440 anos-luz. Em outras palavras, a luz que recebemos das Plêiades hoje levou cerca de 440 anos para chegar à Terra!
Apesar da existência de nove estrelas muito brilhantes, o aglomerado é constituído por cerca de 1 000 membros, incluindo muitas anãs marrons. Dependendo das condições de observação, 14 estrelas podem ser vistas a olho nu. As sete irmãs, que são uma referência à mitologia grega, são: Sterope, Merope, Electra, Maia, Taygete, Celeno e Alcione. As duas outras estrelas bem brilhantes são seus pais, Atlas e Pleione.
Para concluir, reproduzo aqui um trecho do poema de Safo que faz referência a essas estrelas bem interessantes:
“A lua já se pôs,
as Plêiades também;
é meia-noite; foge o tempo,
e deitada estou, sozinha.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário