segunda-feira, 30 de julho de 2012

Redação no ENEM 2012

Você sabe como será corrigida a sua redação no ENEM? Quais são os critérios adotados pelos corretores? Que aspectos serão observados em seu texto, e o que você poderia fazer para melhorar sua nota?

O MEC acaba de lançar  A Redação no ENEM 2012 – Guia do Participante, que apresenta, sob a forma de um texto direto e com linguagem acessível, todos os aspectos que envolvem essa importante etapa do exame.

Com a leitura cuidadosa do Guia você compreenderá tudo que é necessário para que seu texto seja bem avaliado e, consequentemente, sua nota final o ajude a disputar melhores vagas no SISU.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Tirinha #28 – Astróloga?!


É fácil perceber quem não assistiu ao filme solicitado para fazer uma prova, não?

HAL9000 é o supercomputador com inteligência artificial avançada responsável pelo controle total da nave Discovery, na ficção científica de Arthur C. Clarke, adaptada para o cinema por Stanley Kubrick.

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Tirinha #27 – Quem é Robert?

Diálogo real em sala de aula. :)
A quem interessar possa: hobbits são personagens da magnífica trilogia O Senhor dos Anéis!


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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Tirinha #26 – Bandeira

Afirmação encontrada em correção de prova. :)
Oops! Antes de qualquer coisa: o que raios seria um “losângulo“?! Sabiam que, graças à parte, a referida forma incorreta aparece com enorme frequência? Porém, de qualquer maneira, tal desvio não foi consagrado pelo uso e, portanto, não consta do vocabulário oficial da língua portuguesa. O nome correto do quadrilátero é losango, polígono que se caracteriza por apresentar quatro lados iguais. Em outras palavras, um losango é um quadrilátero equilátero.

Losango e suas diagonais.
Alguns detalhes interessantes sobre essa figura:

  • é também chamada de rombo;
  • todo losango é um paralelogramo, ou seja, apresenta lados opostos paralelos;
  • o quadrado é um caso especial de losango, em que os ângulos são todos retos;
  • desconsiderando o quadrado, todo losango apresenta dois ângulos agudos (opostos) e dois ângulos obtusos (opostos).

Um losango apresenta duas diagonais perpendiculares, D1 e D2. Perceba que isso nos permite dividir sua área em quatro triângulos retângulos idênticos, com catetos que medem 0,5D1 e 0,5D2.

Então, a área do losango seria 4 vezes a área de um desses triângulos. Como a área do triângulo retângulo é dada pelo produto dos catetos dividido por dois, temos:


Agora, quanto à bandeira…

Independente de qualquer patriotismo, todos os brasileiros conhecem a bandeira do país, não? E nela não há nenhum quadrado. Observem que o vocábulo quadrado implica um quadrilátero retângulo equilátero, ou seja, com quatro ângulos retos e quatro lados iguais. E isso não existe na bandeira brasileira que tem, outrossim, um retângulo verde.

Bandeira nacional brasileira. (Fonte: Portal do Planalto. Disponível em http://www2.planalto.gov.br/presidencia/simbolos-nacionais/bandeira)
Eis a descrição da bandeira nacional, retirada do site oficial do governo brasileiro:
(…) um losango amarelo em campo verde, tendo no meio a esfera celeste azul, atravessada por uma zona branca, em sentido oblíquo e descendente da direita para a esquerda, com os dizeres “Ordem e Progresso”, expressão com origem no Positivismo – escola filosófica e religiosa francesa fundada por Auguste Comte que, dentre outras questões, via no progresso um dos motores da evolução da sociedade. 
As estrelas, que fazem parte da esfera, representam a constelação Cruzeiro do Sul. Cada uma corresponde a um Estado brasileiro e, de acordo com a Lei n.o 8.421, de 11 de maio de 1992, deve ser atualizada no caso de criação ou extinção de algum Estado. A única estrela acima da inscrição “Ordem e Progresso” é chamada Spica e representa o Estado do Pará.
(Fonte: Portal Brasil – Símbolos e Hinos. Disponível em http://www.brasil.gov.br/sobre/o-brasil/estado-brasileiro/simbolos-e-hinos)

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domingo, 15 de julho de 2012

Tirinha #25 – Aritmética 3

Diálogo real em sala de aula. :)
Quero crer que o tema dessa tirinha seja o resultado de uma mera falta de atenção!


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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Descoberta nova forma de vida com base em arsênio (será?!)

Atualização

No último dia 8 de julho foram publicados dois artigos independentes na revista Science refutando os resultados obtidos com a bactéria GFAJ-1 e expostos abaixo.

Alega-se a possibilidade de contaminação do material de estudo, o que teria levado a equipe de astrobiologia da NASA a enganar-se com a interpretação dos resultados obtidos. Consultada, a equipe da NASA mantém sua posição, afirmando que não há nada nos novos trabalhos que invalide o original.

Continuaremos aguardando para entender o desenrolar do tema.

Artigo original, publicado no professorbira.com em 06/12/2010

Arsênio… Elemento químico de número atômico 33 e massa molar 74,9216g/mol. Pertencente ao grupo 15 da tabela periódica, tem propriedades químicas semelhantes ao elemento fósforo. Apesar de catalisar algumas reações enzimáticas em alguns micro-organismos, é altamente tóxico para praticamente todos os outros seres do planeta, produzindo efeitos deletérios mesmo em baixíssimas concentrações, como 1 parte por bilhão na água ou 7 partes por milhão no solo.

Bactéria GFAJ-1, do lago Mono.
Porém… Isso não é verdade para a bactéria GFAJ-1.

Lago Mono, Califórnia, EUA. (Fonte: visitusa.com.)
Descoberta no lago Mono, Califórnia (EUA), a GFAJ-1 apresenta uma bioquímica inusitada, diferente de todos os milhões de espécies conhecidas de seres vivos: tem arsênio em substituição ao elemento químico fósforo. Tentemos compreender isso, embora nem os cientistas responsáveis pela pesquisa ainda tenham respostas suficientes.

O fósforo e o arsênio na tabela periódica.
Consultando a tabela periódica dos elementos, notamos que o fósforo e o arsênio são vizinhos, ambos localizados no grupo 15. Por pertencerem ao mesmo grupo, apresentam características químicas semelhantes. Isso faz com que, em tese, um possa substituir o outro em algumas situações. Aliás, há diversas situações teóricas normalmente discutidas entre as pessoas ligadas à ciência e que envolvem substituições. Há muito comenta-se a possibilidade de uma forma de vida baseada em silício, em substituição ao carbono. Outras substituições imaginadas: oxigênio por enxofre, enxofre por selênio, cloro por bromo etc.

Analisando ainda a tabela periódica percebemos que, enquanto o fósforo encontra-se no período 3, o arsênio está no período 4. Isso significa que este tem um nível de energia (“camada eletrônica”) a mais que aquele e, consequentemente, o átomo de As (raio covalente igual a 119pm) é maior que o átomo de P (raio covalente igual a 106pm). Isso nos leva a crer que a presença de arsênio onde deveria haver fósforo provoca uma alteração na estrutura molecular. Os efeitos de tal alteração dependem de outros fatores mas, normalmente, gera uma instabilidade que deixa a molécula mais fraca, como nos é ensinado pela Química Orgânica.

Muito bem… O que torna a bactéria GFAJ-1 uma nova forma de vida? A resposta é simples: enquanto todos os seres vivos conhecidos são construídos usando, principalmente, seis elementos químicos essenciais – carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre -, a bactéria em questão substitui completamente o fósforo por arsênio, inclusive no arcabouço de seu DNA.

O fósforo na molécula de DNA.
Na estrutura da molécula de DNA, o fosfato é responsável pela conexão entre as pentoses de dois nucleotídeos, fazendo parte do “corrimão” da grande “escada” torcida que atua como material genético da maioria dos organismos vivos.

Na GFAJ-1, cada átomo de fósforo é substituído por um átomo de arsênio na mesma posição. Desconfiou-se dessa possibilidade quando os pesquisadores observaram um comportamento anômalo durante a eletroforese do DNA, que se deslocou no gel de forma completamente inesperada e nova.

Ainda não se sabe exatamente o quanto de alteração existe na estrutura geral da molécula, nem se as bases nitrogenadas são as mesmas das demais espécies. Essas respostas só serão possíveis após a determinação do arranjo tridimensional dos átomos e do sequenciamento do genoma da bactéria.

Extrapolando essas observações, somos levados a imaginar outras situações em que poderia ser encontrada a troca P − As:

  • nas vias energéticas da célula; em vez de ATP/ADP, haveria ATAs/ADAs?
  • na estrutura das membranas celulares. Em todos os seres vivos dotados de membranas, estas apresentam uma bicamada de fosfolipídios; teria essa bactéria uma bicamada de arsenolipídios?

As perguntas ainda são muitas, mas os estudos apenas começaram. As consequências dessa descoberta também ainda precisam ser compreendidas. Imediatamente temos, por exemplo, o aumento de possibilidades na busca de vida alienígena, já que podemos, agora, procurar outros tipos de organismos que fogem ao padrão previamente estabelecido. Além disso, o fato do arsênio poder integrar a estrutura de um organismo aumenta o número de mundos candidatos a abrigar vida, pois isso altera nosso conceito de condições de habitabilidade.

Enfim, essa descoberta vem, no mínimo, provar que ainda temos muito que compreender a respeito do fenômeno vida, e que a pesquisa biológica, por mais avançada que seja, está apenas engatinhando.

Tirinha #24 – Ficti... O quê?!

Afirmação encontrada durante correção de prova. :)
É claro que fui procurar no VOLP – Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa se tal palavra existe. Resultado? Nope!

Creio que o melhor nessa situação seria escrever: “… fazendo com que a cena fosse muito fictícia”, ou qualquer coisa do gênero.

O VOLP é a fonte oficial de consulta para vocábulos da língua portuguesa falada do Brasil. É editado pela Academia Brasileira de Letras e relaciona todos os vocábulos existentes em nosso idioma, sendo aprovado e reconhecido por lei federal. Encontra-se na 5.a edição, já contemplando a atual ortografia da língua. Pode ser consultado on-line em http://b-nev.es/ksud. Se um vocábulo não for encontrado nessa publicação, significa que não existe oficialmente na língua portuguesa padrão.


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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Tirinha #22 – Tecido Conjuntivo

Afirmação encontrada durante correção de prova. :)

Poxa, vida! Certamente esse aluno quis dizer tecido conjuntivo propriamente dito denso! Vamos aproveitar para recordar a classificação dos diferentes tipos de tecido conjuntivo?


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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Stephen Hawking: “a descoberta me custou US$ 100!”

Na ocasião do lançamento do LHC, o físico britânico Stephen Hawking lançou uma provocação, apostando US$ 100 na sua afirmação de que o Grande Colisor não encontraria o bóson de Higgs.

Bem… Ontem ele foi entrevistado pela BBC.

Experimentos do CERN observam partícula consistente com o tão procurado bóson de Higgs

Press release do CERN – PR17.12 – 04.07.2012
Tradução: prof. Ubirajara Neves

Um evento de colisão próton-próton no experimento CMS produzindo dois fótons de alta energia (barras vermelhas). Trata-se do que esperaríamos ver a partir do decaimento de um bóson de Higgs, embora também seja consistente com alguns processos do Modelo Padrão. © CERN 2012
Genebra, 4 de julho de 2012. Em um seminário no CERN hoje, como uma preliminar à maior conferência sobre física de partículas do ano, o ICHEP2012, em Melbourne, os experimentos ATLAS e CMS apresentaram seus últimos resultados na busca pela há muito procurada partícula de Higgs. Ambos os experimentos observaram uma nova partícula com massa na região de 125-126GeV.

“Observamos em nossos dados sinais claros de uma nova partícula, ao nível de 5 sigma, na região de massa ao redor de 126GeV. A incrível performance do LHC e do ATLAS, e os grandes esforços de muitas pessoas trouxeram-nos a este estágio excitante,” disse a porta-voz do experimento ATLAS, Fabiola Gianotti, “mas um pouco mais de tempo é necessário para preparar estes resultados para publicação.”

“Os resultados são preliminares, mas o sinal de 5 sigma na região de 125GeV que vemos é dramático. É, de fato, uma nova partícula. Sabemos que é um bóson, e é o bóson mais pesado já encontrado,” disse o porta-voz do experimento CMS, Joe Incandela. “As implicações são muito significativas, e é exatamente por essa razão que precisamos ser extremamente diligentes em todos os nossos estudos e verificações cruzadas.”

“É difícil não ficar empolgado com estes resultados,” disse o Diretor de Pesquisas do CERN, Sergio Bertolucci. “Afirmamos no ano passado que, em 2012, ou encontraríamos uma nova partícula com as características do bóson de Higgs, ou descartaríamos a existência do Modelo Padrão de Higgs. Com toda a cautela necessária, parece-me que estamos em uma bifurcação: a observação dessa nova partícula indica o caminho para o futuro, em direção a uma compreensão mais detalhada do que estamos vendo em nossos dados.”

Os resultados apresentados hoje são classificados como preliminares. São baseados em dados coletados em 2011 e 2012, com aqueles de 2012 ainda sob análise. A publicação das análises exibidas hoje é esperada para o fim de julho. Um quadro mais completo das observações de hoje será apresentado próximo ao fim do ano, após o LHC fornecer mais dados aos experimentos.

O próximo passo será determinar a natureza precisa da partícula e sua significância para nossa compreensão do universo. Seriam suas propriedades as esperadas para o longamente procurado bóson de Higgs, o ingrediente final no Modelo Padrão da física de partículas? Ou seria algo ainda mais exótico? O Modelo Padrão descreve as partículas fundamentais a partir das quais nós, e todas as coisas visíveis do universo, somos feitos, bem como as forças que agem entre elas. Toda a matéria que podemos ver, entretanto, parece não compor mais de 4% do total. Uma versão mais exótica da partícula de Higgs poderia ser a ponte para compreendermos os 96% do universo que permanecem obscuros.

“Atingimos um marco na nossa compreensão da natureza,” disse o Diretor Geral do CERN, Rolf Heuer. “A descoberta de uma partícula consistente com o bóson de Higgs abre o caminho para estudos mais detalhados, exigindo estatísticas mais complexas, que fecharão as propriedades da nova partícula, lançando luz sobre outros mistérios do nosso universo.”

A identificação positiva das características da nova partícula tomará uma considerável quantidade de tempo e dados. Mas, independente da forma que a partícula de Higgs assuma, nosso conhecimento da estrutura fundamental da matéria está prestes a dar um largo passo adiante.

Contato:

Escritório de imprensa do CERN, press.office@cern.ch
+41 22 767 3432
+41 22 767 21 41

Acompanhe o CERN:


terça-feira, 3 de julho de 2012

O mundo científico só fala nele: o bóson de Higgs!

Colisão próton-próton no experimento CMS, do LHC,
originando 4 múons (em vermelho) com características
compatíveis com o bóson de Higgs.
(Fonte: CMS - LHC - CERN.)
O mundo científico está de “orelhas em pé”, esperando o seminário que será apresentado amanhã, 4 de julho, às 9h, pela equipe responsável pelos experimentos que buscam comprovar, ou não, a existência do bóson de Higgs.

Mas, que raios é isso?!

Bem, de maneira bem simples: logo após o Big Bang – evento que originou todo o Universo conhecido – estabeleceu-se uma assimetria entre as partículas elementares, surgindo aquelas com uma certa quantidade de massa, como os quarks, e outras sem essa característica, como os fótons.

O físico inglês Peter Higgs, da Universidade de Edimburgo, foi um dos primeiros a propor um modelo que pudesse ser testado e que explicasse como isso poderia ter ocorrido. Ora, esse modelo é baseado na existência de um campo escalar, posteriormente denominado campo de Higgs, cuja partícula carreadora seria o bóson com mesmo nome.

O modelo proposto por Higgs é matematicamente bem fundamentado e explica, de forma elegante e satisfatória, a distribuição de massas entre as partículas elementares. Contudo, há um porém: o bóson de Higgs, por muitos chamados de partícula de deus, nunca foi encontrado, e sua busca é um dos principais objetivos do LHC (Large Hadron Collider), o maior acelerador de partículas já construído.

A dúvida é: teria essa busca chegado ao fim? Será que amanhã, finalmente, anunciarão a descoberta da partícula mais procurada da história? Só nos resta esperar.
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